Chef Rafael Sessenta no Peru

Indo ao Peru, passei apenas dois dias em Lima para conhecer um pouco, já que o meu destino era Chiclayo.

Fiquei impressionado com a cozina peruana, com a fusão da cozinha de raiz com o novo.

A minha primeira parada, no entanto, são sempre os mercados populares: ai sim você tem a oportunidade de conhecer a verdadeira cozinha de raiz. Perambulei pelo Mercado Uno – muito bom – terminei almoçando por lá, em um restaurante bem popular, onde clientes com mais de 1,70cm de altura não entram pois o teto é muito baixo. Mostrei tudo a vocês em uma matéria anterior.

Saímos da chamada Baixa Gastronomia (que adoro). Agora vamos para alta gastronomia, onde nem sempre se come melhor.

Esse restaurante, El Salto del Fraile, é um dos mais antigos de Lima e fica no local de concentração dos melhores restaurantes em Mira Flores. Recomendo para almoço (pois não é lá essas coisas), pois aqui você encontra um variado bufê onde pode experimentar quase tudo da cozinha peruana.

No primeiro dia em Lima fui almoçar no La Mar, o segundo restaurante de Gastón Acurio, uma cevicheria de estilo mais casual e despojado.

Para entrada, o couvert é uma cesta de caroços de milho enormes, crocantes e deliciosos.

Os ceviches já não são mais os mesmos, são bem melhores. Depois que surgiram chefes como Gastón Acurio, Virgilio Martinez e outros, a cozinha peruana entrou na mídia gastronômica do mundo, e vale muito uma visita.

A bebida típica do Peru é o Pisco, espécie de cachaça feita com a casca da uva e é a bebida mais clara. A outra taça é um concentrado de vinho tinto frapé muito bom. Provei os dois.
Infelizmente estava sozinho e comi pouco, por isso não pude degustar muitos pratos. Gosto quando vou com companhia suficiente para uma mesa grande, pois tenho a oportunidade de provar de todos.

Pedi um ceviche clássico do mar, muito, muito bom.

À noite, fui no Astrid y Gastón, mais para conhecer do que para comer, pois ainda estava satisfeito do almoço. Dispensei o couvert, pedi um arroz de pato, um clássico, no Peru. Lá come-se muito pato e quase tudo com arroz – é a influência chinesa.

Aí recebo esse mimo do chef Gastón: anchovas com capas de lulas em um molho fantástico.

Desta vez estava com uma amiga e chef peruana para me ajudar a comer.

Pedi a ajuda do sommelier da casa para escolher um vinho peruano.

Estava tudo bom, tanto o vinho quanto o pato. Achei que os preços são um pouco altos para o Peru, mais ou menos igual ao Brasil. Já o La Mar é bem mais em conta.