13, setembro, 2013

Safra 2013 na Itália

De acordo com as primeiras impressões sobre a vindima que iniciou nestes dias na Itália, os experts do setor puderam observar um aumento significativo da produção, mesmo considerando que a safra 2012 representou um marco negativo das ultimas décadas.

Fala-se de algo entorno de 45 milhões de hectolitros de produção total de vinho, um aumento de 7% com relação a 2012. Esse dado, combinado com estimativas de queda na produção francesa, deveria recolocar a Itália no lugar de maior produtor do mundo, lugar que a França tinha tomado nas ultimas safras.

Vale lembrar que se trata de previsões, uma virada climática de ultima hora sempre pode acontecer (a chuva forte nos dias de colheita é um perigo sempre a espreita dos viticultores italianos, sobretudo no Norte).

Entrando mais nos detalhes deveremos ter um aumento de produção dos vinhos brancos, enquanto os tintos permanecem no mesmo nível do ano passado, mas, a noticia talvez mais importante diz respeito a qualidade que em 2013 deverá atestar-se em níveis elevados, obviamente tudo isso precisa ser verificado no fim da colheita, mas o estado vegetativo das videiras promete.

Se os italianos podem finalmente sorrir, os espanhóis podem preparar seus Cava para comemorar, por lá a natureza vai permitir a colheita de uma safra histórica, muito superior ao ano passado, combinando isso com a situação italiana e a já citada queda de produção na França e já que Portugal e Alemanha se atestam em níveis bem menores do ponto de vista da quantidade, o ano de 2013 no Velho Mundo deverá confirmar a media produtiva de 2012 .

Para concluir uma consideração que cabe em nosso bolso, entre a qualidade dos vinho que se prevê boa, a tímida recuperação econômica que a União Europeia está ensaiando nos últimos meses, após tocar o clássico fundo do poço, a elevada cotação do Euro e os mercados emergentes que continuam em leve crescimento (sobretudo Russia, China e India, o Brasil também, embora em ritmo menor), acho difícil que os preços possam cair para nós consumidores do Brasil, a não ser, é claro, que nosso governo resolva fazer como se faz nos outros países produtores, taxar o vinho como o complemento alimentar que é, e não como uma bebida destilada, com alíquotas absurdas e únicas no mundo. Mas isso acho mais difícil ainda.