8, novembro, 2012

São Paulo, Europa e Ceará

 

Tem formação na área de gastronomia? Quais cursos fez?
Sim, pela respeitada Escola de Gastronomia em águas de São Pedro, em São Paulo-SP, foi lá onde tive a oportunidade de conhecer e aprender sobre todos os tipos de cozinha: industrial, garde manger, confeitaria, cortes e cozinha à la carte.
 
Quando e como começou nesta carreira?
Há 17 anos. Quando era pequeno, lembro que meu pai gostava muito de cozinhar, mesmo sendo um homem muito simples do Sertão Central, ele levava jeito, vendo isso com o olhar de hoje. Acredito que foi daí que surgiu o meu interesse pela cozinha.
 
Por que escolheu se dedicar a cozinha?
Bem, quando resolvi entrar no curso de gastronomia, vi que podia sobreviver fazendo algo que realmente gosto e acredito que isso seja a receita para dar certo. 
 
Fala um pouco da sua trajetória profissional. Por quais restaurantes já passou?
Nas últimas semanas do curso de Gastronomia, quando tive que fazer uma visita técnica, recebi o convite do chefe francês, Lourent Suaudeau , um dos renomados chefes de cozinha do nosso país e que tem um Restaurante com seu próprio nome “Lourent”, no bairro Jardins, em São Paulo. Logo após a visita, que durou quinze dias, fui convidado por ele a  fazer parte da sua equipe, em 1995, sendo esta a minha primeira experiência como profissional.
 
Depois surgiu a oportunidade de morar na Europa e lá conheci Oscar Mercan, chefe de cozinha espanhol, dono do “Dali Tapas Bar e Restaurante”, já no segundo ano trabalhando com Oscar, em Amsterdam, em uma cozinha mediterrânea e em especial espanhola, através de uma amiga conheci Maria Batista, chefe de cozinha e dona do Catering “Sabor de Maria”, este tinha uma cozinha bem diversificada: holandesa, francesa, brasileira, oriental.Uma casa que funciona durante o dia, possibilitando manter os dois trabalhos, já que o restaurante funcionava a noite e, sem dúvida, contribuiu muito para a minha experiência profissional, bons mestres são sempre sinônimo de bons resultados. 
 
Quando resolvi voltar para o Brasil decidido ficar em Fortaleza, busquei um restaurante regional, visando atualizar-me na gastronomia da nossa terra, e foi no Restaurante “Peixada do Meio” onde aprendi muito da nossa cozinha, em especial frutos do mar. Trabalhei também com Roseli Pereira, dona e chefe do Restaurante “Taberna Portuguesa”, em Guaramiranga. Vivi uma experiência profissional na pousada “Ocas do Índio” em Morro Branco. Trabalhei no conceituado Restaurante de cozinha Internacional, “La Casa”. Hoje estou no “Boteco Praia” disposto a encarar este novo desafio.
 
Atualmente você é chefe executivo do Boteco Praia. Quando começou a trabalhar no bar?
Há quatro meses estou no Boteco Praia, e nesse pequeno espaço de tempo, junto com uma grande equipe tendo como resultado um novo cardápio com cara de bar e restaurante.
 
Como é sua rotina?
Rotina comum, conciliando trabalho e vida pessoal.
 
Qual tempo você reserva para a criação? Onde busca inspiração para cria novos pratos?
Normalmente estou sempre antenado em novas possibilidades no mundo gastronômico, visando transformar e regionalizar receitas, agregando nosso sabor como castanha e ervas regionais a uma cozinha mais sofisticada.
 
O que trouxe de novo para o menu do Boteco Praia? Qual linha seguiu para elaborar as novidades?
Novos pratos e novos sabores para somar aos tradicionais pratos da casa. Um novo conceito de apresentação, seguindo a linha do Grupo Dias, agregando o conhecimento que adquiri durante minha trajetória.
 
Quais pratos/petiscos você destaca?
O Tornedor de Salmão com camarão ao molho de castanha de caju é uma boa pedida, assim como o nosso tradicional petisco Camarão do Boteco Praia, além de outras delícias do nosso cardápio.